O Sentimento da Copa

Nesta semana, colocarei um vídeo sensacional. O gol é sensacional, mas o principal é a narração. Veja.

A Força Local


Drogba, Adebayor, Eto'o e Essien: destaques de seus clubes na Europa

Os paises africanos vão fortes para a Copa do Mundo. Analisando os times dos quatro finalistas da Liga dos Campeões, isso é bem perceptível. O Manchester United é o único que não possui jogadores do "continente negro" no elenco, já os demais, Barcelona, Chelsea e Arsenal, têm jogadores chave na sua formação vindos da África.
O Chelsea tem os marfinenses Didier Drogba e Salomon Kalou, o nigeriano Obi Mikel e o ganês Michael Essien. Dentro desse grupo de quatro jogadores africanos, estão dois jogadores que sua ausência foi determinante para o fraco desempenho dos "Blues" sob o comando de Felipão, Drogba e Essien. Este último, passou toda a "era-Felipão" machucado e por isso não estava presente no time do treinador brasileiro. Já Drogba, começou como titular, lesionou-se e depois de recuperar-se não conseguiu uma vaga no time titular. Depois da saída de Scolari, com a entrada de Guus Hiddink, o marfinense voltou a titularidade e marcou gols importantíssimos na Liga dos Campeões e na Copa da Inglaterra.
Já o Arsenal conta com os marfinenses Kolo Touré e Emmanuel Eboué, o camaronês Alexander Song e o togolês Emanuel Adebayor. Este último sem dúvida é o destaque do quarteto. Além de ser o artilheiro dos "Gunners" há algumas temporadas, conseguiu levar a fraca seleção de Togo para a Copa da Alemanha com apenas 22 anos. Já os dois marfinenses são ídolos do clube inglês, pois fizeram parte do time que chegou à final da Liga dos Campeões da temporada 2005/2006. O camarones Song é o cão de guarda principal do Arsenal.
O Barcelona tem três africanos no elenco: de Camarões vem Samuel Eto'o, do Mali vem Seydou Keita e da Costa do Marfim vem Yaya Touré. Tirando o malinês Keita, os outros dois são titulares. Touré dá o equilíbrio para o meio-de-campo ultra-ofensivo barcelonês e por isso sempre está presente na escalação de Pepe Guardiola. Já Eto'o despensa comentários. É o artilheiro do time e passou por uma lesão que foi contemporânea do pior momento do Barcelona nos últimos tempos.
Há algum tempo os jogadores africanos já fazem parte dos elencos europeus, mas nessa temporada eles estão mais importantes do que nunca para seus times. E isso acontece a apenas 1 ano e meio para a Copa na qual eles serão mais apoiados do que nunca foram antes.






FIGURINHA DA COPA - JUST FONTAINE

13 gols em 6 partidas. Essa marca torna Just Fontaine o jogador a fazer mais gols em uma única ediçao de Copa do Mundo.
Na sua estréia na Copa de 1958, Fontaine marcou logo um triplete contra o Paraguai. Não acabou por aí. Vieram dois dobletes versus ex-Iugoslávia e Irlanda do Norte. Além disso, o francês ainda marcou um gol nos jogos com Escócia e Brasil. E o mais impressionante. Marcou uma quadrupleta ( se é que essa expressão existe) na decisão de terceiro lugar contra os alemães ocidentais.
O feito foi homenageado pela própria imprensa sueca da época. Um jornal local presenteou Fontaine com um pequeno fuzil, apelido dado ao atacante. O artilheiro francês ainda recebeu a chuteira de ouro da FIFA.
Fontaine era um jogador de sucesso nos clubes também. Foi tetracampeão francês com Nice (1) e Stade de Reims (3). Neste último, chegou inclusive a disputar a final da Copa dos Campeões da Europa na temporada 1958/1959 contra o poderoso Real Madrid dos sensacionais Alfredo di Stefano, Ferenc Puskas e Raymond Kopa. Ainda por clubes, consegue ter a marca de 0,825 gols por partida.
Jogando pela seleção, o "Fusil" teve também uma incrível marca. 30 gols em 21 jogos. Média de 1,41 gols por partida.
Fontaine, no entanto, não pôde brilhar mais no futebol por causa de uma lesão que sofreu em 1961 e o obrigou a encerrar a carreira em julho de 1962.
Fontaine na antiga revista francesa "Pilote" afirmando que não esqueceu o jogo contra o Brasil na Copa de 1958

O Sentimento da Copa

Às vezes colocarei neste blog algo emocionante envolvendo Copas. Poderá ser um texto, um vídeo, um relato, uma foto, ou qualquer coisa que mexa no coração do torcedor.
Nesta primeira edição, postarei uma crônica do notabilíssimo jornalista Armando Nogueira.
México 70
Armando Nogueira

México 70 - E as palavras, eu que vivo delas, onde estão? Onde estão as palavras para contar a vocês e a mim mesmo que Tostão está morrendo asfixiado nos braços da multidão em transe? Parece um linchamento: Tostão deitado na grama, cem mãos a saqueá-lo. Levam-lhe a camisa levam-lhe os calções. Sei que é total a alucinação nos quatro cantos do estádio, mas só tenho olhos para a cena insólita: há muito que arrancaram as chuteiras de Tostão. Só falta, agora, alguém tomar-lhe a sunga azul, derradeira peça sobre o corpo de um semi-deus.
Mas, felizmente, a cautela e o sangue-frio vencem sempre: venceram, com o Brasil, o Mundial de 70, e venceram, também, na hora em que o desvario pretendia deixar Tostão completamente nu aos olhos de cem mil espectadores e de setecentos milhões de telespectadores do mundo inteiro.
E lá se vai Tostão, correndo pelo campo afora, coberto de glórias, coberto de lágrimas, atropelado por uma pequena multidão. Essa gente, que está ali por amor, vai acabar sufocando Tostão. Se a polícia não entra em campo para protegê-lo, coitado dele. Coitado, também, de Pelé, pendurado em mil pescoços e com um sombrero imenso, nu da cintura para cima, carregado por todos os lados ao sabor da paixão coletiva.
O campo do Azteca, nesse momento, é um manicômio: mexicanos e brasileiros, com bandeiras enormes, engalfinham-se num estranho esbanjamento de alegria.
Agora, quase não posso ver o campo lá embaixo: chove papel colorido em todo o estádio. Esse estádio que foi feito para uma festa de final: sua arquitetura põe o povo dentro do campo, criando um clima de intimidade que o futebol, aqui, no Azteca, toma emprestado à corrida de touros.
Cantemos, amigos, a fiesta brava, cantemos agora, mesmo em lágrimas, os derradeiros instantes do mais bonito Mundial que meus olhos jamais sonharam ver. Pela correção dos atletas, que jogaram trinta e duas partidas, sem uma só expulsão. Pelo respeito com que cerca de trezentos profissionais de futebol se enfrentaram, músculo a músculo, coração a coração, trocando camisas, trocando consolo, trocando destinos que hão de se encontrar, novamente, em Munique 74.
Choremos a alegria de uma campanha admirável em que o Brasil fez futebol de fantasia, fazendo amigos. Fazendo irmãos em todos os continentes.
Orgulha-me ver que o futebol, nossa vida, é o mais vibrante universo de paz que o homem é capaz de iluminar com uma bola, seu brinquedo fascinante. Trinta e duas batalhas, nenhuma baixa. Dezesseis países em luta ardente, durante vinte e um dias — ninguém morreu. Não há bandeiras de luto no mastro dos heróis do futebol.
Por isso, recebam, amanhã, os heróis do Mundial de 70 com a ternura que acolhe em casa os meninos que voltam do pátio, onde brincavam. Perdoem-me o arrebatamento que me faz sonegar-lhes a análise fria do jogo. Mas final é assim mesmo: as táticas cedem vez aos rasgos do coração. Tenho uma vida profissional cheia de finais e, em nenhuma delas, falou-se de estratégias. Final é sublimação, final é pirâmide humana atrás do gol a delirar com a cabeçada de Pelé, com o chute de Gérson e com o gesto bravo de Jairzinho, levando nas pernas a bola do terceiro gol. Final é antes do jogo, depois do jogo — nunca durante o jogo.
Que humanidade, senão a do esporte, seria capaz de construir, sobre a abstração de um gol, a cerimônia a que assisto, neste instante, querendo chorar, querendo gritar? Os campeões mundiais em volta olímpica, a beijar a tacinha, filha adotiva de todos nós, brasileiros? Ternamente, o capitão Carlos Alberto cola o corpinho dela no seu rosto fatigado: conquistou-a para sempre, conquistou-a por ti, adorável peladeiro do Aterro do Flamengo. A tacinha, agora, é tua, amiguinho, que mataste tantas aulas de junho para baixar, em espírito, no Jalisco de Guadalajara.
Sorve nela, amiguinho, a glória de Pelé, que tem a fragrância da nossa infância.
A taça de ouro é eternamente tua, amiguinho.
Até que os deuses do futebol inventem outra.

CURIOSIDADE DO DIA

O gol mais rápido das Copas foi marcado na partida entre Turquia e Coréia do Sul, que valia o terceiro lugar na Copa Coréia-Japão em 2002. O atacante turco Hakan Sukur demorou 11 segundos para balançar as redes dos coreanos. Apesar da boa campanha turca, o detalhe desse gol é que ele foi o primeiro de Sukur na Copa e esse era o jogador de quem mais os turcos esperavam bolas na rede.

México troca de treinador. De novo

Aguirre volta ao México

Há menos de um ano, Hugo Sanchez era demitido do banco mexicano por não ter classificado os astecas para as Olimpiadas. Pós-demissão, o antigo treinador da seleção inglesa, Sven-Goran Eriksson assumiu o cargo. No entanto, o sueco não aguentou a pressão do quarto lugar nas Eliminatórias para a Copa de 2010 e caiu logo após a derrota para a seleção de Honduras.
"Seleção que tem talentos individuais, mas que não consegue formar um time", essa é a sina do México desde a Copa das Confederações de 2005. Muitos dizem que esse problema é gerado pela má relação existente entre os jogadores (inclusive com a imprensa, como pode ser visto no link http://www.youtube.com/watch?v=OUQz9xVArOc&feature=related) mas parece que tudo cai sobre o técnico.
Pois o próximo treinador a assumir esse barril de egos será Javier Aguirre. Muito respeitado no México por ter classificado a seleção para a Copa Japão-Coreia, o ex-técnico do Atlético de Madrid chega dando otimismo para o povo asteca.
Apesar do bom curriculo do técnico, tido pelo atacante do Santos Laguna, Vicente Vuoso como um dos poucos mexicanos a fazer sucesso na Europa, o trabalho é difícil. Afinal, o México está na quarta colocação da Concacaf e hoje enfrentaria o Uruguai na repescagem, posto que seria amedrontador para os aztecas.
Cabe a Aguirre pegar o selecionado e formar um time, pois talento já há de sobra para que os mexicanos cheguem à Africa do Sul. O primeiro teste será dia 7 de junho em Trinidad e Tobago contra os locais.



















CURIOSIDADE DO DIA

Antes da partida entre as seleções do Uruguai e Bolívia pela Copa de 1930, os bolivianos posaram para uma foto. Cada jogador segurava uma letra que formaria a inscrição: Viva o Uruguai! O curioso é que o terceiro "u" foi suprimido e a inscrição final que se lia era: "Viva Uru gay!"
de ueba.com.br

A Copa já começou para as torcidas

Mal começou a venda de ingressos para a Copa do Mundo de 2010 e a disputa pelas entradas já é enorme. Foram feitas mais de 1.600.000 solicitações de ingresso entre os dias 20 de fevereiro e 31 de março. Devido ao grande número de pedidos, a FIFA fará um sorteio no dia 15 de abril para saber quem ficará com as entradas.
As solicitações chegaram de 205 nações do globo, sendo que, a maioria delas veio de sul-africanos (30% dos pedidos) e depois, em ordem, de americanos, britânicos, alemães, italianos e australianos.
A maior parte dos pedidos é para o jogo de abertura e para a final. No entanto, as solicitações para as chamadas entradas por equipes atingiram a mesma porcentagem das que foram feitas para abertura e final, dado que impressionou, porque sequer sabe-se quais equipes participarão do torneio.
A próxima fase de vendas de ingressos será entre os dias 4 de maio e 16 de novembro, mas dessa vez, ficarão com os ingressos aqueles que fizerem o pedido mais cedo.
A FIFA espera repetir na Copa da África do Sul o mesmo sucesso da Copa da Alemanha, na qual a média de público conseguiu ser a segunda maior de todas as copas. Atingiu-se uma média de 52.500 assistentes por partida. O maior rating de público foi o da Copa dos Estados Unidos em 2004, quando se conseguiu a média de 68991 torcedores por partida
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OBS.: Há uma dúvida em relação à média de público da Copa de 1950 no Brasil. Segundo os dois últimos relatórios da FIFA, a Copa realizada em campos brasileiros teria 47.432 de média. No entanto, segundo relatórios mais antigos da mesma instituição a Copa de 1950 teria média de 60773 torcedores por jogo.